Capacetes: Evolução em Segurança e Conforto na Equitação

Os Capacetes são fabricados em diferentes materiais e cores, mas variam muito pouco dentro de um mesmo formato. Os materiais tecnológicos e a colaboração entre as associações de turismo equestre, institutos de padronização e fabricantes transformou o capacete para cavalgar em algo mais anatômico, menos pesado, mais ventilado, mais confortável e mais seguro também.

Vou logo avisando que vou tratar de um assunto polêmico! Talvez nem devesse tratar desse assunto se tivesse juízo! Provavelmente, vou falar o que não deveria!

Mas, vamos lá....Tratar do objeto do assunto e polêmica. O Capacete ou casco, como muitas vezes é chamado.

Vejam o que escrevi no meu livro – VIAJAR A CAVALO: UM GUIA PASSO A PASSO – sobre o assunto:

Os Capacetes são fabricados em diferentes materiais e cores, mas variam muito pouco dentro de um mesmo formato.

Os materiais tecnológicos e a colaboração entre as associações de turismo equestre, institutos de padronização e fabricantes transformou o capacete para cavalgar em algo mais anatômico, menos pesado, mais ventilado, mais confortável e mais seguro também.

É um equipamento de segurança pessoal de uso obrigatório em muitos dos programas de viagem a cavalo oferecidos pelo mundo a fora.

Independente da necessidade de obediência às leis vigentes em cada país e as regras de cada operadora, existe consenso quanto às vantagens do uso compulsório do capacete na prevenção de lesões mais graves em caso de queda e trauma craniano. Ele atuaria impedindo a penetração de objetos e na redução e difusão do impacto por áreas maiores e menos pontuais.

Diferentes órgãos desenvolveram especificações padrão para a fabricação dos capacetes. As normas mais conhecidas e respeitadas são: EM 1384 (British Standards Institute), PAS 015(Product Approval Specification BY BSI), ASTM/SEI F1163 (American Society for Testing Materials), e SNELL E 2001(Snell Institute).

Usar ou não o capacete não passa mais pela esfera de discussão sobre a sua necessidade e eficácia, e sim por uma preferência e opção pessoal.

Em alguns países, ainda existe a possibilidade de não fazer uso do capacete sem maiores consequências.

Em outros, é necessário assinar um formulário se responsabilizando pelo não uso dele.

E numa grande maioria de destinos, não ocorre nem essa opção de recusa. A maioria das companhias de seguros exige o uso do capacete.

As fotografias divulgadas nas páginas de internet e em reportagens nas revistas especializadas confundem um pouco o leitor visto que mostram, com certa frequência, cavaleiros e amazonas galopando em lindas paisagens usando apenas chapéu tipo cowboy. As operadoras internacionais, apesar de também mostrarem fotografias de pessoas sem capacetes nas suas páginas na internet e catálogos, são extremamente diretas em reforçar a necessidade e em muitos casos a obrigatoriedade do uso de capacete durante a programação oferecida.

As exigências internacionais no cumprimento dos quesitos de segurança são extremamente rígidas e a desobediência a elas está sujeita a processos e sérias punições. Dessa forma, na maioria dos destinos, são disponibilizadas unidades para os clientes, apesar de alertarem que trazer seu próprio capacete seria o mais acertado por questões de adequação anatômica e, consequente, maior conforto e segurança.

As regras e exigências nos países da América Latina como um todo não são menos rígidas, mas a flexibilidade na utilização e fiscalização delas é muito larga. No Brasil, as normas que regem a atividade de turismo equestre foram estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) através da NBR 15507-1:2008, e da NBR 15507-2:2008. E há referência ao uso de capacete no item (7.3) que trata das “vestimentas e acessórios do cliente”. Diz-se que:

“A organização deve assegurar que o cliente se vista adequadamente, o que inclui o uso de...c) cobertura de cabeça (como, por exemplo, capacete equestre, chapéu ou boné); d) capacete equestre para menores de 18 anos desacompanhados de responsável legal”. É recomendável o uso de capacete equestre para todos os clientes. Para tanto, a organização deve dispor e oferecer tais capacetes. “A organização pode permitir que o cliente leve seu capacete equestre, o que não a exime da obrigação de avaliar sua conformidade e adequação, bem como recomendar, eventualmente, que o cliente escolha o capacete equestre que lhe está sendo oferecido.”

Se você é daqueles que, por razões pessoais, não utilizam o capacete de equitação durante as cavalgadas, preocupe-se em confirmar com a agência ou operadora a obrigatoriedade do mesmo durante a programação desejada.

E, diante da possibilidade da não obrigatoriedade da sua utilização, contrate uma seguradora que cubra ocorrências independentemente do uso do equipamento.

O que eu posso falar para vocês agora!

Aqui no site do viajaracavalo e nas suas mídias sociais – vocês poderão constatar através das fotos de minhas viagens, que eu não uso capacete. E muitos dos meus clientes também não usam. Mesmo aqueles que são internacionais.

Tenho um, que comprei na possibilidade de ter muita vontade de conhecer um destino e nele ser obrigatório o uso desse equipamento.

Não quero ser um exemplo e nem advogar a causa pelo não uso, já que tenho consciência sobre seus benefícios principalmente quando associados aos coletes com proteção de cervical.

Mas, tenho algumas convicções muito fortes sobre o assunto que passam pela liberdade pessoal, pela espontaneidade e naturalidade envolvidos nos prazeres da vida, pelas minhas raízes e por uma visão um pouco anárquica da vida onde não permite que em todos os aspectos dela existam tantas regras.

Viajar a cavalo para mim tem a ver com liberdade.

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